terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Hoje é a festa da Cátedra de São Pedro em Antioquia. Associa-se a esta data a profissão de Fé de S. Pedro:
«Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» » (Mt 16,  16-19)
Festa Romana que celebrava a Cátedra de S. Pedro a 18 de Janeiro e a 22 de Fevereiro,  a primeira data referia-se à primeira vez que o Apóstolo celebrou a Santa Missa em Roma. A festa de maior importância era a de hoje, mas passou a ser considerada de menor importância aquando da introdução de Antioquia no Martyrologium Hieronymianum. Em 1960 o Papa João XXIII removeu a festa do dia 18 de Janeiro do calendário geral romano (assim como outras festas que repetiam celebrações de um santo ou de um mistério).

Aproveitemos este dia para rezar pelo nosso Pontifix Maximus.






Para mais informações, ver aqui.
O blog Sancta Missa Portugal tem um texto escrito pelo então Cardeal Joseph Ratzinger sobre o significado da cátedra.

Na Festa da Cátedra de São Pedro, o exemplo de Dom Bosco.

Imagem de São João Bosco na Basílica de São Pedro.
Imagem de São João Bosco na Basílica de São Pedro.

 
A serviço do Papa. Uma vida consagrada à cátedra de São Pedro. Duas provas disso.



Na audiência que, dentre tantas outras, Pio IX concedeu a Dom Bosco em janeiro de 1875, o bondoso Pontífice, a pedido do Servo de Deus, depois de um instante de recolhimento deixou esta palavra de ordem para ser transmitida aos salesianos e a seus alunos: “Recomendai a todos a obediência e a fidelidade ao Vigário de Jesus Cristo”.
- Que coincidência, Santo Padre! respondeu Dom Bosco. Pois justamente uma coisa faltava para dizer a V. Santidade. Está notada neste papelzinho.
O Papa quis ver e leu: “Na última audiência, antes de partir, penhorar ao Papa a obediência e fidelidade de todos os Salesianos e de todos os alunos”.
- Está vendo como nos encontramos? disse o Papa todo jubiloso.
A obediência e a fidelidade ao representante de Jesus Cristo na terra foi uma das grandes virtudes que Dom Bosco se empenhou, durante o curso de toda a sua vida, em inculcar a todos os seus filhos. Pode-se dizer que sua vida inteira de apóstolo se encerra entre dois episódios comoventes que dizem toda a sua devoção à Cátedra de São Pedro.
No dia 15 de novembro de 1848, foi apunhalado covardemente em Roma o Primeiro Ministro do Papa Pio IX, Peregrino Rossi, e hordas revolucionárias tentaram dar o assalto aos Palácios Pontifícios. Mons. Palma, Secretário de Pio IX, tombou prostrado por uma bala em pleno rosto. O perigo era ameaçador. De uma hora para outra a Revolução poderia apoderar-se da pessoa do Sumo Pontífice. Portanto era necessário tomar providências urgentes. No dia 23 de novembro, à noite, Pio IX, acompanhado de um simples criado, deixava o Quirinal por uma porta secreta, e se entregava à proteção do Embaixador da Baviera, que o aguardava a pouca distância numa carruagem fechada. Poucas hora depois, o augusto Pontífice se achava em território do Reino de Nápoles, e aí o Rei Fernando de Bourbon punha à sua disposição a cidade e o castelo de Gaeta. Iria, ficar seis meses. Esse exílio forçado comoveu o mundo católico todo, e pensou-se antes de mais nada, em prover à manutenção do Pai comum dos fiéis. Data desse ano a obra do óbolo de São Pedro.
Abriram-se subscrições em toda a parte. Em Turim, foi uma surpresa para a Comissão o dia que viram figurar, na lista a soma fabulosa e modesta ao mesmo tempo, oferecida pelos meninos do Oratório de Dom Bosco: trinta e três liras!
Sabemos que esses pobres meninos recebiam de Dom Bosco apenas a importância de 5 soldos por dia, para comprarem alguma coisa que servisse para completar o pobre cardápio, onde figurava apenas sopa ou polenta. E no entanto, filhos dedicados do Papa, tinham sabido economizar na própria miséria e tinham conseguido em poucos dias esse óbolo, que Pio IX recebeu chorando de comoção e que agradeceu por meio de seu Núncio, na Côrte de Turim.
Tal fato acontecia bem no início do apostolado do Santo. E vêde o que ele balbuciou no leito de morte, no dia 28 de dezembro de 1887, na presença de seu Arcebispo, Cardeal Alimonda, que lhe fôra fazer uma visita: “Tempos difíceis, Eminência! Atravessei tempos bem difíceis!… Mas a autoridade do Papa… Já o disse a Monsenhor Cagliero, aqui presente, para que o transmita ao Santo Padre; os Salesianos existem para defender o Papa, onde quer que trabalhem”.

Dom Bosco, A. Auffray SDB, tradução de Dom João Resende Costa, cap. XI, A serviço do Papa.
Revista: "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
D. Estevão Bettencourt, OBS
Nº 398 - Ano: 1995 - p. 289


(1Tm 6,20)
São Paulo exorta seu discípulo Timóteo a guardar intato o depósito da fé; cf. 1Tm 6,20; 2Tm 1,14. - Nesta exortação há nítida referência às leis greco-romanas concernentes aos depósitos.  Com efeito; o depósito (parathéke) era um valor que alguém entregava a outrem para que o guardasse e oportunamente o devolvesse.  Selava-se entre o depositante e o depositário um contrato baseado na confiança e na certeza da fidelidade.  O depositário se obrigava a não fazer uso da coisa depositada; seria processado, se o fizesse.  O depósito infiel incorria na ira dos deuses.  Os moralistas gregos eram muito severos, equiparando a não restituição do depósito ao adultério ou à infidelidade conjugal; era mais grave do que não pagar uma dívida, porque traía a confiança de um amigo.  Alguns depósitos se faziam nos templos, pois os guardas dos templos inspiravam mais confiança do que os banqueiros.
São estas concepções que a palavra "depósito (parathéke) supõe nos textos paulinos.  Com efeito; o Apóstolo diz ter recebido de Cristo o depósito da fé: "Não recebi o Evangelho nem o aprendi de algum homem, mas por revelação de Jesus Cristo" (Gl, 1,12).  A lei não permitia que o retocasse; cf. 1Tm 1,12; 2Tm 2,8,10; Cl 1, 25-29.  São Paulo se considera mero ministro ou servidor do Evangelho (1Cor 4,1); era apenas um delegado do Senhor Jesus,  e não um dono do depósito; ele não havia criado a mensagem que apregoava e, por isto, não havia de a modificar; ao contrário, ele a queria transmitir intata: "Não falsificamos a Palavra de Deus; muito pelo contrário, manifestando a verdade, poder o Apóstolo dizer no fim da vida: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé" (2Tm 4,7).  Por isto também esperava ouvir a sentença dirigida ao servo bom e fiel: "Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor.  Justo Juiz, naquele Dia" (2Tm 4,8; cf. Mt 25,23).
O depósito recebido de Jesus Cristo, o Apóstolo o havia passado a Timóteo (2Tm 1,6,14), para que Timóteo o transmitisse a outros homens fiéis, e estes a mais outros: "O que aprendeste de mim na presença de numerosas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que, por sua vez, serão capazes de ensiná-lo a outros mais" (2 Tm 2,2).
Pois bem; a designação da mensagem do Evangelho como depósito enfatiza a intocabilidade das verdades da fé tais como nos foram transmitidas pelos Apóstolos (que as receberam de Jesus Cristo) através de gerações até hoje.  A heresia ou deterioração do depósito da fé é assemelhada à gangrena (2Tm 2,7).
As advertências do Apóstolo conservam seu pleno sentido em nossos dias.  A fé exige coerência; é sempre a adesão a Deus, que nos fala na penumbra da vida presente.  O cristão ou aceita este santo depósito com toda a sua grandeza ou - o que Deus não permita - o rejeita; não ouse, porém, retocá-lo ou deteriorá-lo!
A Missa a Renovação do Santo Sacrificio da Cruz
Pe. Mateo Crawley

Ele tinha sido convidado para assistir a Santa Missa no oratório particular de uma família distinta.Mason era ateu, que nunca tinha posto os pés em nenhuma igreja.

Quando vestido com os paramentos,sai para ir para o altar,olho para a frente e vejo um homem de pé com os braços cruzados entre dois cavalheiros, devotamente ajoelhado: a cena do Calvário para trás. Ali Jesus entre dois ladrões, aqui o criminoso entre duas almas boas.

Comecei o Santo Sacrifício, e ele, o homem superior, sempre fora, quase em desafio. No momento da consagração, de repente, como que atingido por força sobre-humana entre o espanto dos presentes, caiu de joelhos, olhando para o altar enquanto os olhos se enchem de lágrimas.

O que aconteceu ...?

Após a missa, ele veio ansioso para falar comigo e perguntar:

Padre, me diga o que é que você veio fazer?

Celebrar a missa.

O que é missa?

Desculpa: Você é um crente?

Não, eu não sou.

Olhe senhor, o homem pecou e Deus para o perdão, envia para Terra seu divino Filho, que depois de pregar a sua doutrina e confirmar com os maiores milagres, foi capturado por seus inimigos e condenado à morte na cruz entre a dor e o tormento terrível.

Mas tudo isso o que tem haver com a Missa?


A missa é o nada mais que isso: a renovação do sacrifício feito na cruz por nossa salvação.


Mason continuo a conversar e perguntou: Então me diga: quem é aquele que veio em seu lugar?




Eu não entendo.




Em um ponto, quando eles tocaram o sino (a consagração), que desapareceu, e em vez disso, um outro homem se aproximou, olhando majestoso, triste, muito triste, e todo coberto de chagas. Seus braços abertos e as mãos, perfurado por feridas, pingando sangue, que caiu no copo de metal ... era sobre o altar ...


No copo?


Sim, na xícara. Nunca vi concurso mais show, tocando tremia dos pés à cabeça em sua presença. Depois de alguns minutos (depois da Comunhão do celebrante) desapareceu e transformou-se em vez disso você me dizer quem era ele?




Foi Jesus, Jesus flagelado pelos seus inimigos, Jesus coroado de espinhos, Jesus, todo coberto de chagas e derramamento de sangue, Jesus morreu no madeiro da cruz, Jesus morreu para nossa salvação, Jesus quer que você doe à sua perdão e amor ...




Este pobre pecador, convertido por este grande milagre, se ajoelhar aos pés do ministro arrependido de Deus, e no sangue do Cordeiro que tira os pecados do mundo, purificou sua alma.


FONTE:


A grande promessa. Segunda Edição. Católica Imp Mundo. Pequena Obra da Divina Providência. 1943.