sábado, 19 de março de 2011

III Congreso sobre o  Motu Proprio Summorum Pontificum em Roma
Roma, 13-15 Maio -2011
Pontificia Universidade de Santo Tomás de Aquino
Largo Angelicum, 1 - 00186 Roma
tel. 06.67021
 

www.pust.it

Padre Paulo Ricardo Sobre a Campanha da Fraternidade 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Missa Cantada na Forma Extraordinária em Honra a São José

Dia 19 de março, festa de São José, às 8h
Local: Igreja Nossa Senhora Aparecida, no Patronato, Rua Francisco Portela, 762 São Gonçalo – RJ.
Celebrante: Pe. Anderson Batista da Silva.
A missa tradicional em latim está sendo celebrada todos os sábados, às 8h, na paróquia, independentemente da Cruzada do Imaculado Coração de Maria, que ocorre todos os primeiros sábados do mês.



Testemunho de Pe.Pedro Muñoz Iranzo
Confiteor


A reforma da liturgia acabou com quatro características da oração Confiteor antiga:

A vénia profunda em que a oração era dita;

A estrutura da oração como um diálogo entre o sacerdote e a congregação;

A invocação de vários santos pelo nome; e, finalmente,

A absolvição sacramental.

A inclinação profunda é a parte mais antiga da oração. Nos primórdios do Cristianismo cada missa começava com a prostração. Uma pessoa atirava-se ao chão de modo a abordar-se dos reis orientais. Os primeiros Cristãos, por esta razão, escolheram esta forma tão reverente de mostrar devoção e submissão quando tinham que entrar na presença do Deus-homem e Seu sacrifício. Inicialmente nada era dito. No séc. VIII surgiu o costume de se dizer neste momento, durante a prostração (que evoluiu gradualmente para uma vénia profunda), a confissão de pecados como tinha sido prescrito desde o início para o começo do rito sacrificial do Novo Testamento.

A forma de diálogo do Confiteor deriva do ofício divino dos monges. Sempre foi trocado entre dois vizinhos no coro; um monge confessava os seus pecados ao outro – o outro monge implorava pela misericórdia de Deus para ele. Na missa solene pontifical do rito antigo esta tradição é preservada; o Confiteor é recitado por dois cónegos. Esta forma surgiu a partir da percepção de que a maioria dos pecados contra Deus são ao mesmo tempo pecados contra o próximo, que o arrependimento deve conduzir à reconciliação e que todo homem deve confiar na oração de outros. É necessário um ouvinte de modo a que realmente seja reconhecia a própria culpa. De modo a que, após a confissão, a oração de intercessão do ouvinte possa efectivamente desenvolver quem se confessa é obrigado a manter silêncio. Outro elemento de significado foi adicionado quando a relação entre vizinhos de um banco se tornou uma relação entre sacerdote e congregação. O sacerdote, que tinha sido chamado para realizar o sacrifício na pessoa de Cristo, confessava agora perante a comunidade toda sua imperfeição e, curvando-se profundamente, esperava a sua intercessão. Poderá-se dizer que só isso lhe dava a coragem para subir ao altar.

A fórmula “indulgentiam” que acompanha a confissão dos pecados e as petições para o perdão é uma fórmula inicial para a absolvição. O sinal da cruz que o sacerdote faz ao dizer esta oração tomou o lugar da imposição das mãos. A relação desta absolvição com a absolvição no sacramento da penitência não será examinada em maior profundidade aqui. Em qualquer caso, é evidente que a Igreja considerava o “indulgentiam” como um sacramental, que absolve os pecados veniais. Que a celebração do sacrifício começava com a absolvição era apenas lógico para um culto que tinha como objecto a representação da morte sacrificial de Cristo – uma morte para a redenção dos homens do fardo de seus pecados.

Estes três elementos do Confiteor uniam a comunidade que celebrava com o Cristianismo primitivo e o monaquismo, concretizando a confissão geral do pecado e revelava-o como o primeiro estágio do sacrifício. Em contraste com a sua remoção, a substituição dos nomes individuais dos santos através da fórmula “e todos os santos” é o mais fácil de aceitar. O Céu aparece nestes nomes como uma família hierarquicamente estruturada real. No topo está a “Rainha dos anjos, patriarcas e apóstolos”, depois o “príncipe dos exércitos celestiais”, posteriormente o “primeiro dos nascidos de mulher” e, finalmente, os “príncipes dos apóstolos”. Inúmeras obras de arte adoptaram esta linguagem figurativa, perpétuamente em formas novas. O seu núcleo é a visão de que a ordem é inerente à criação de Deus; sim, que o próprio Deus é a ordem. O homem medieval ainda podia imaginar que, mesmo entre os salvos, existem diferentes graus de proximidade com Deus e diferentes tipos de relação com Ele. Será que os “reformadores” acreditaram no final que tinham de acomodar convenções democráticas, especialmente enfatizando a igualdade de todos os “santos” efectuada pela redenção? Ou será que eles só queriam eliminar um elaborado floreado gótico quando baniram do Confiteor o cortejo hierarquicamente estruturado dos santos?

A beleza dos textos litúrgicos muitas vezes reside no facto de que revelam significados a diferentes níveis. Levam-nos à meditação e revelam-se à meditação. A hierarquia dos santos aparece aqui como uma metáfora para a ordem divina numa oração relativa à confissão do pecado, que é desordem. Não é de estranhar que todos os representantes desta ordem têm algo de especial a dizer à desordem do pecado que lhes é revelado na oração.

A lista começa com Maria. Ela representa a forma original do homem: Deus pretendeu que o homem fosse o que Maria é. Intocada pelo pecado original e com a virgindade imaculada, assemelha-se ao homem no sexto dia da criação: inteiro, a imagem e semelhança de Deus, transparente para o fluxo incessante de graça. Como é Maria, assim deve ser o pecador. A restauração do pecador comporta as características de Maria na personalização icónica.

O Arcanjo Miguel está ligado ao mistério da génese do mal. Ele lutou contra Satanás e, portanto, a fonte de pecado e de todo pecado individual que, como o seu modelo diabólico, consiste na rebelião contra a ordem divina. Mas o Arcanjo Miguel também lembra-nos que o diabo foi derrotado. Ele pode tentar o indivíduo pecador, mas nunca dominar sobre a criação de Deus. Olhando para o arcanjo o pecador reconhece a origem e a impotência de seu ato.

João Baptista mostra o caminho da redenção: a conversão. É um ato espiritual, mas deve ser expresso com atividade de modo a comunicar ao pecador a realidade de sua decisão. A água, que lava a sujidade do corpo, também deve lavar a alma suja. A oração tem de desviar de si o espírito aprisionado no amor-próprio. Privação corporal tem de libertar a alma da pressão do hábito. João Baptista encarna os passos práticos que o pecador pode tomar se desejar libertar-se do pecado.

Pedro tem as chaves do reino dos céus, ele representa o poder de absolvição da Igreja. Ele comunica ao pecador que deseja converter-se a certeza de que o verdadeiro perdão irá responder ao seu desejo – mesmo que, com bastante frequência, esse desejo seja aceite no lugar do acto. Cristo, o perdoador do pecado, está presente em Pedro e na Igreja. Pedro, acima de todos os outros, tinha experimentado o Seu poder perdoador. Pedro é o sacramento, o vaso indigno através do qual o poder de Deus flui.

Finalmente, Paulo ensina a condição sob a qual se desenvolve o sacramento: a crença do pecador de que Cristo pode curá-lo das suas enfermidades. Esta fé é um dom da graça. Com este dom começa o trabalho de restauração do pecador. O objectivo dessa restauração é o homem nascido de novo na graça. Com isso o círculo é fechado. O contemplativo procedia de Maria e retorna a ela.

Ao pregar suas doutrinas a Igreja antiga escolheu uma e outra vez o caminho de torná-las visíveis sob a forma do homem. O semblante do homem deu-lhes uma vida da qual careciam as formulações teóricas. As figuras dos santos como entendido pela Igreja antiga não são decorações piedosas ou “Cartão de plástico Romano” (como escreveu André Gide) produzido em massa . Quem acredita que pode eliminá-los sem diminuir o ensinamento de Jesus Cristo não entende a essência da Igreja – que consiste, acima de todo, desses próprios santos. No caso da oração do Confiteor, são estes mesmos santos que ensinam o fiel a compreender sua confissão correctamente. Pois ele a dirá de forma diferente quando sabe que os seus olhos estão sobre ele.

Martin Mosenbach
Fonte:Una Voce

segunda-feira, 14 de março de 2011

Para aqueles que desconheçam ou estejam menos familiarizados com a Missa Tridentina, reproduzimos aqui uma breve síntese da sua estrutura, conforme encontrada no Missal de D. Gaspar Lefebvre:
A Missa tem duas grandes divisões que se subdividem em seis partes:
A – MISSA DOS CATECUMENOS
1ª Parte: PREPARAÇÃO (do Asperges à Coleta)
Actos de contrição, ou o amor que se purifica
  1. Água Benta
  2. Sinal da Cruz
  3. Salmo Judica
  4. Confissão pública
  5. O Sacerdote no altar
  6. Introito
  7. Kyrie
  8. Gloria
2ª Parte: INSTRUÇÃO (da Coleta ao Credo)
Actos de fé, ou o amor que se esclarece
DOMINUS VOBISCUM – OREMUS
  1. Coleta e orações
  2. Epístola, ou palavra dos Apóstolos e dos Profetas
  3. Gradual e Aleluia
  4. Evangelhos, ou palavras do Mestre
  5. Sermão
  6. Credo
B – MISSA DOS FIÉIS
3ª Parte: OFERTÓRIO (da Oferta ao Prefácio)
Atos de abandono, ou o amor que se oferece
DOMINUS VOBISCUM – OREMUS
  1. Oferta do pão e do vinho
  2. Incensar das ofertas e dos fiéis
  3. Lavar das mãos (Lavabo)
  4. Oração à Santíssima Trindade
  5. Orate Fratres e Secreta com o Ámen de adesão ao Ofertório
4ª Parte: CONSAGRAÇÃO (do Prefácio ao Pater)
Actos de esperança, ou o amor que se imola
DOMINUS VOBISCUM – ET CUM SPIRITU TUO
  1. Prefácio do Canon
  2. Canon, ou regra da Consagração
  3. Leitura dos Diptícos
  4. Orações preparatórias para a Consagração
  5. Transubstanciação e elevação maior
  6. Oblação da vítima a Deus
  7. Leitura dos Dipticos
  8. Conclusão do Canon e Elevação Menor com o Ámen de adesão às orações do Canon.
5ª Parte: COMUNHÃO (do Pater às Abluções)
Actos de amor, ou o amor que se une
OREMUS
  1. Pater e Libera
  2. Fracção da hóstia
  3. Agnus Dei
  4. Orações preparatórias para a Comunhão
  5. Recepção do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor com o Ámen de adesão dito pelo sacerdote e outrora pelos fiéis.
6ª Parte: AÇÃO DE GRAÇAS (da Comunhão até o ao fim)
Actos de reconhecimento, ou o amor que agradece
DOMINUS VOBISCUM – ET CUM SPIRITU TUO
  1. Orações durante as abluções
  2. Antifona da Comunhão e Pós-Comunhão
  3. Ite missa est e Bênção
  4. Última Evangelho
  5. Orações ao pé do altar

domingo, 13 de março de 2011

Fotos
da
Missa Pontifical do Cardeal Burke em Sydney-Australia





Fonte:Australia incognita

quinta-feira, 10 de março de 2011








Capela com os restos mortais da beata Bárbara Maix é elevada a Santuário


Porto Alegre (Quarta-Feira, 09-03-2011, Gaudium Press) No último domingo, dia 06 de março, a arquidiocese de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, decretou e elevou a Capela São Rafael - conhecida por guardar o relicário com os restos mortais da beata Bárbara Maix - à dignidade de Santuário. A celebração eucarística de elevação foi presidida pelo arcebispo local, Dom Dadeus Grings.

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Capela começou a receber um número maior de visitantes depois que Bárbara Maix foi beatificada
De acordo com a postuladora da causa da canonização de Madre Bárbara Maix, Irmã Gentila, até a beatificação da fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, a Capela São Rafael era utilizada como Oratório da própria Congregação e lá era conservada uma urna com os restos mortais da fundadora. A Irmã destaca que a frequência de visitantes era mínima. No entanto, após a beatificação, a Capela passou a receber a visita de muitos devotos e fiéis.

Segundo a religiosa, se o movimento já havia crescido com a beatificação, agora, após a elevação da Capela a Santuário, ele ficará ainda maior. "Surgirão mais peregrinos, devotos de Bárbara Maix, que levarão suas preces à beata e manterão viva a memória da celebração de beatificação do dia 06 de novembro de 2010. Todos são bem-vindos e saem fortalecidos em suas esperanças", ressaltou.
O Santuário está aberto ao público. Os fiéis podem participar das missas celebradas no local nos sábados às 16h e todo dia 06 de cada mês às 19h. Também é possível organizar visitação em grupos ao local. O horário de visita é de segunda a sábado, das 13h às 18h.

Capela São Rafael

A Capela São Rafael teve sua construção iniciada em 1877, e foi inaugurada no dia 27 de janeiro de 1878. Foi erguida tendo à frente o bispo Dom Sebastião Dias Laranjeira, como cumprimento a uma promessa. Em 1886, o templo religioso foi doado às Irmãs de Coração de Maria junto com alfaias litúrgicas, um carrilhão composto de 10 sinos e as imagens do Coração de Jesus e do Coração de Maria.

A Capela passou por uma reforma nos anos de 1963-1964 e, mais recentemente, em 2001 e 2002. Os quadros da via-sacra, presentes na Capela até hoje, foram trazidos da Áustria em 1848 pela beata Bárbara Maix. No altar-mor, encontra-se a imagem de Jesus Ressuscitado esculpida em madeira maciça.

Fonte: Gaudium Press

terça-feira, 8 de março de 2011

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
PAPA BENTO XVI
PARA A QUARESMA DE 201
1 

«Sepultados com Ele no baptismo,
foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12)

Amados irmãos e irmãs! 

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).
1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.
O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 1011). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.
Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.
2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.
O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.
O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça deDeus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.
O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.
O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».
Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.
O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.
3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).
No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.
Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permitenos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.
Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.
Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.



BENEDICTUS PP. XVI

segunda-feira, 7 de março de 2011

"PAPA PEDE QUE REDESCUBRAMOS, NESTA QUARESMA,A BELEZA DE DEUS: REFLEXÃO DO ARCEBISPO FORTE"


Cidade do Vaticano, 07 mar (RV) - A Igreja prepara-se para viver o tempo forte da Quaresma. De fato, na tarde da próxima quarta-feira, na Basílica romana de Santa Sabina, o Papa celebrará a missa com o tradicional rito da bênção e imposição das Cinzas. Sobre a Mensagem de Bento XVI para a Quaresma, centralizada no tema "Sepultados com Ele no Batismo, foi também com Ele que ressuscitastes" (Col 2, 12), a Rádio Vaticano pediu uma reflexão ao Arcebispo de Chieti-Vasto – localizada na região italiana dos Abruços – Dom Bruno Forte. Eis o que disse:

Dom Bruno Forte: -"O Papa faz-se realmente mistagogo: o mistagogo, na Igreja antiga, é o pastor, o bispo que nos leva a descobrir a beleza de Deus mediante a graça dos Sacramentos, em que essa beleza nos é comunicada. Na mensagem para esta Quaresma de 2011 o Papa nos apresenta o Sacramento do Batismo, e o faz em sua realidade mais profunda e dinâmica, que é a de uma participação na Páscoa de Cristo: "Sepultados com Ele no Batismo, foi também com Ele que ressuscitastes". Toda a vida cristã é uma vida pascal e é uma vida batismal. Recordar o nosso Batismo não é uma operação de "arqueologia espiritual"; na realidade se trata de atualizar novamente o encontro com o Senhor Jesus, que é o segredo e a beleza da nossa vida."

P. Há uma passagem muito bonita na mensagem: "O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra»". Isso é importante para viver bem também a Páscoa?

Dom Bruno Forte:- "Sim, mesmo porque o Papa lê – numa perspectiva nem moralista nem ascética – os três grandes caminhos do compromisso quaresmal: exatamente o jejum, a oração e a esmola. Precisamente em relação à esmola – por exemplo – ele faz entender como esse despojar-se do supérfluo, esse tornar-nos disponíveis às necessidades dos outros – e são muitos os necessitados, neste momento de dificuldade e de crises na aldeia global e inclusive em nossa Itália – é uma participação no despojamento de Cristo, na sua morte e na sua Ressurreição e, portanto, um assemelhar-se a Ele."

P. Subjacente à tentação – observa o Pontífice – encontra-se o diabo, "que é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor"...

Dom Bruno Forte:- "O Papa é extremamente realista. O diabo é uma presença e para quem conhece as Escrituras é até mesmo evidente que a despedida do diabo, da qual algum exegeta quis falar nos anos setenta, era uma operação racionalista e absolutamente distante da fé da Igreja e do testemunho bíblico, onde – aliás – nos é apresentada a luta de Jesus com o demônio e a vitória de Cristo sobre Satanás como Boa Nova. O que isso quer dizer? Quer dizer que há um mistério do mal e de mal radical que age neste mundo, certamente subordinado ao primado e à soberania de Deus. Esse mistério na tradição bíblica e na fé da Igreja assume também uma configuração pessoal, na figura, exatamente, de Satanás, do adversário, do maligno que busca separar-nos de Deus, como diz seu próprio nome: "diabo" é aquele que separa, que divide. Ora, a ilusão da inexistência do demônio torna-nos absolutamente indefesos diante dele, e como dizia André Gide: "A astúcia mais sutil do demônio é fazer crer que não exista"." (RL)
Fonte:Rádio Vaticano
Suma Teológica

Na década de 1940, 1960, editora espanhola Biblioteca de Autores Cristianos (BAC) publicou um do célebre anotada edições maioria dos Summa Theologica, em 16 volumes bilíngüe (Latim / Inglês) , com comentários de frades dominicanos sob a direção do Bispo Francisco Barbado Viejo, OP, ajudante Quem encontrou BAC Após a Guerra Civil.  É considerado por muitos para fornecer os melhores e os mais profundos e apresentações didáticas e notas sobre a Summa em qualquer língua moderna.

Chegou ao nosso conhecimento que, algumas décadas após a publicação de apenas pós-conciliar seus 5 volumes muito inferiores versão (também disponível online aqui ), a CBA já começou desde o ano passado a reedição de uma versão fac-símile (3 ª edição) da 16 volumes clássico - Fornecer o primeiro 1 (I, Q.1-26) e segunda (I, q.27-74) volumes da série.
 
 
 
Fonte: Rorate coeli 
Faculdade de São Bento do RJ ministra Curso de extensão sobre ‘Música’

A Faculdade São Bento do Rio de Janeiro (RJ) ministra, entre os dias 11 de março e 29 de abril, sempre às sextas-feiras, das 10h às 12h30, o Curso de Extensão “Formas Musicais – Como ouvir o pensamento Musical”. O curso será ministrado pelo maestro Ricardo Rocha, que, atualmente ministra na Faculdade de São Bento a disciplina História da Música Sacra no curso de pós-graduação lato sensu em História da Arte Sacra.

Durante o curso serão analisadas sete das mais importantes e diferentes formas que a história da música produziu e consagrou: Abertura, Suíte, Sinfonia Clássica, Sinfonia Romântica, Concerto Solista, Poema Sinfônico e Missa. Serão também analisadas 16 dentre as mais importantes e famosas obras da história da música, escritas nos séculos 18, 19 e 20, por 14 dos maiores compositores de todos os tempos, como Bach, Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms, Wagner, Tchaikovsky, Dvorák, Miguéz, Debussy, Ravel, Sibelius, Bartók e Stravinsky.


O objetivo é possibilitar a aprendizagem de uma audição musical inteligente para leigos em música, mas também estudantes de artes em geral e músicos profissionais.


Outras informações no site http://www.faculdadesaobento.org.br

Paramentos que Foram Usados pelo Pe.Pio





 
Fonte:orbiscatholicussecundus

domingo, 6 de março de 2011


Igrejas Estacionais

Ao consultarmos o Missal, especialmente o Missal dos Fiéis, vemos ao longo do ano, sobretudo durante a Quaresma, menções às “Estações” ou “Igrejas Estacionais”. Mas o que são ao certo? Iremos dar uma breve introdução a este tema para que os nossos leitores fiquem a conhecer um pouco melhor esta particularidade da liturgia Romana tradicional.


“Statio” ou “Estação”
A palavra “estação” tinha vários significados na antiguidade. Poderia ser entendido, por exemplo, como jejuar (cf. Pastor de Hermes). Outros sugerem que era um termo militar ao qual foi dado um significado Cristão: era um dia em que os Cristãos “montavam guarda”. Outros ainda põem a hipótese de que se deve à postura adoptada – de pé – durante a celebração da Estação.

Independentemente da sua origem, a palavra “estação” passou a ser usada em relação a “uma liturgia solene celebrada pelo Papa ou seu representante, em uma das Basílicas romanas ou, com o crescente culto dos mártires, em um cemitério” (Archdale King, LRC, Anexo VIII), que , por vezes, tinha um aspecto processional.


“Collecta“


Refere-se à igreja donde, por vezes, era estabelecido a partida para a igreja da estação. Quanto à origem do termo, também é tema de especulação. Alguns sugerem que se refere à “assembleia” dos fiéis, enquanto que outros sugerem que se refere à oração de e sobre os fiéis.


“Litania“


Refere-se às procissões que podem acompanhar a liturgia estacional, devido às ladainhas que acompanham a procissão.


Estação Não-penitencial


Não existia collecta e, por conseguinte, não havia procissão. Em vez disso, o clero e os fiéis reuniam-se na statio designada e aguardavam a chegada do Papa vindo da basílica de S. João Latrão.



Estação Penitencial


Estas estações tinham collecta e litania. O Papa encontrava-se com o clero e os fiéis na collecta, onde se paramentava e rezava algumas orações. Depois partiam em litania até à statio.


Existiam ao todo 89 dias estacionais no ano litúrgico, distribuídos por 43 igrejas.


Para um tratamento mais aprofundado sobre este assunto, sugerimos a leitura do artigo do New Liturgical Movement.

D. Nicola Bux fala sobre a Instrução e a Reforma da Reforma

Segue a tradução de parte da entrevista feita pelo jornal Avanti ao Mons. Nicola Bux.

Em que ponto está a “reforma da reforma” desejada por Bento XVI?


Com esta expressão, que Ratzinger utilizou quando ainda era o Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ele quis dizer que a reforma que ocorreu após o Conselho tinha de ser retomado, e de certa forma corrigida onde, utilizando sempre suas palavras, a restauração da pintura tinha sido demasiada, isto é, ao tentar limpá-la, tinha-se assumido o risco de remoção de muitas camadas de cor. Começou esta restauração através de seu próprio estilo. O Papa celebra a liturgia de uma maneira suave, não espalhafatosa. Ele também quer que as orações, músicas e qualquer outra coisa não sejam em tons exibicionistas. E duas acções especiais nas suas liturgias que são óbvias devem ser notados: ele coloca a Cruz entre si e a congregação, indicando que o rito litúrgico não é dirigida ao ministro sacerdotal, mas a Cristo; e ajoelhando na recepção da Comunhão, indicando que esta não é uma ceia, no sentido mundano da palavra, mas uma comunhão com o corpo de Jesus Cristo, que é adorada em primeiro lugar, nas palavras de Santo Agostinho, e só depois comida.

Quantos obstáculos tem o Motu Proprio Summorum Pontificum sobre a Missa pré-conciliar enfrentando?

Acredito que, actualmente, os obstáculos são cada vez mais fracos do que no momento em que o Motu Proprio foi emitido, em 2007. Através da Internet, pode-se ver como há um movimento discreto de jovens que procuram e, tanto quanto possível, vão à Missa Tradicional, também chamada de Missa Latina, ou Missa de Todos os Tempos. E isso, creio que é um sinal muito importante para ter  atenção.

É claro que os pastores da Igreja, em primeiro lugar os bispos e os párocos, embora muitas vezes dizendo que devemos ser capazes de captar os sinais dos tempos, uma expressão muito em uso após o Vaticano II, muitas vezes não conseguem entender que os sinais dos tempos não são definidos por eles, mas que acontecem e são regulados principalmente pelos jovens. Acho que este é o sintoma mais interessante, porque, se [apenas] os idosos, os adultos, fossem à Missa Tradicional, um poderia abrigar a suspeita de que é nostalgia. O fato de serem maioritariamente os jovens que procuram e participam na Missa Latina é completamente inesperado e, portanto, merece ser lido, entendido, e acompanhado particularmente pelos bispos.

Acho que o Papa reconhece isto e é por isso que ele pretende fazer uma contribuição adicional através de uma instrução sobre a aplicação do Motu Proprio, para ajudar todos a compreender que, para além da nova forma do Rito Romano, existe a antiga ou forma extraordinária.


Fonte:
Rorate Caeli

quarta-feira, 2 de março de 2011

"PAPA NA AUDIÊNCIA SOBRE SÃO FRANSCISCO DE SALES: AMAR A DEUS SEM PEDIR NADA EM TROCA"
 Cidade do Vaticano, 02 mar (RV) - Bento XVI acolheu na Sala Paulo VI, no Vaticano, nesta quarta-feira, dia de Audiência Geral, milhares de fiéis e peregrinos provenientes de várias partes do mundo.

Na catequese de hoje, o Papa falou sobre São Francisco de Sales que viveu entre os séculos XVI e XVII. Nascido na França no seio de uma família nobre, São Francisco de Sales recebeu uma boa educação.

"Amar a Deus sem pedir nada em troca e entregar-se ao seu amor era o segredo de sua vida. A sua direção espiritual influenciou a Europa e a consciência cristã com a doçura de seus ensinamentos. Assim, ele fundou a Ordem da Visitação com Santa Joana Francisca de Chantal, cujo ideal é viver na simplicidade e na humildade" – frisou Bento XVI.

"Deus é o Deus do coração humano." Essas palavras são o centro da espiritualidade de São Francisco de Sales que, em 1602, foi ordenado bispo de Genebra, na Suíça, reduto do calvinismo naquela época.

Apóstolo, escritor, homem de ação e oração, comprometido com a controvérsia e com o diálogo com os protestantes, experimentou, além do debate teológico, a eficiência da relação pessoal e de caridade.

Doutor da Igreja, São Francisco de Sales inspirou a espiritualidade de São João Bosco e a heróica "Pequena Via" de Santa Teresa de Lisieux e outros movimentos espirituais. Faleceu em 1622, aos 55 anos, "depois de uma vida marcada pela dureza dos tempos e pelo compromisso apostólico".

A seguir, Bento XVI fez um resumo, em português, de sua catequese, saudou os fiéis lusófonos presentes na Sala Paulo VI e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Queridos irmãos e irmãs,

São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja, é uma testemunha exemplar do humanismo cristão, cujos ensinamentos influenciaram muitos caminhos espirituais e pedagógicos do nosso tempo. Nascido em 1567, passou na juventude por uma crise espiritual que o levou a interrogar-se sobre a própria salvação eterna. Somente encontrou a paz na contemplação da realidade radical e libertadora do amor de Deus: amar-Lhe sem pedir nada em troca e confiar no amor divino. Tal foi o segredo da sua vida. Esta se caracterizou por um incansável apostolado, pela pregação, escritos e, sobretudo, pela sua direção de almas, dentre as quais se destaca Santa Joana Francisca de Chantal, fundadora com ele da Ordem da Visitação. Suas principais obras são “Introdução à vida devota” e “Tratado do Amor de Deus”. Nelas o nosso Santo dirige a todas as pessoas o convite a serem completamente de Deus, mesmo vivendo no meio do mundo, pelo amoroso cumprimento dos deveres do próprio estado de vida: trata-se daquela consagração das coisas temporais e santificação do quotidiano que, quatro séculos mais tarde, afirmaria insistentemente o Concílio Vaticano II.

Queridos amigos vindos dos países de língua portuguesa, sede bem-vindos! São Francisco de Sales lembra que cada ser humano traz inscrita no íntimo de si a nostalgia de Deus. Possais todos dar-vos conta dela e por ela orientar as vossas vidas, pois só em Deus encontrareis a verdadeira alegria e a realização plena. Para tal, dou-vos a minha bênção. Ide em paz! (MJ)

A última semana de Jesus contada pelo Papa





Muito em breve  vai estar a disposição de todos o belíssimo livro do Papa  "Jesus de Nazaré",nesse livro o Papa aborda os seguintes temas:


1 - "A entrada para Jerusalém e a limpeza do templo"
2 - "O discurso escatológico de Jesus" 
3 - "A lavagem dos pés" 
4 - "A Oração Sacerdotal de Jesus" 
5 - "A Última Ceia"
6 - "Getsêmani" 
7- "O julgamento de Jesus" 
8 - "A Crucificação e sepultamento de Jesus"
9 - "A Ressurreição de Jesus dentre os mortos" 
10 - "Jesus sobe ao céu e está sentado à direita do Pai e virá em glória."


Fonte:Secretum meum mihi