quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Santa Missa na História e na Mística - AS CORES DOS PARAMENTOS.





AS CORES DOS PARAMENTOS.

1.       O Branco.
2.       O Encarnado.
3.       O Verde.
4.       O Roxo.
5.       O Preto.
6.       O Róseo.

1.       O Branco.

Os paramentos que ostentam cor branca revelam dia de festa e júbilo.
É sempre o fundo dos paramentos que diz se um paramento é branco, encarnado, verde, roxo, preto ou róseo, e não a corda da cruz da casula, e é o fundo que se apresenta com relevos artísticos trabalhados em ouro, pedraria e prata.
Entre as cores é o branco a expressão da alegria da inocência, da glória angélica, do trunfo dos Santos, da dignidade e da vitória do Salvador.
Por isso os paramentos de cor branca são usados na Igreja romana nas festas de Nosso Senhor Jesus Cristo: Natal, Epifania, Ascenção, Corpo de Deus, festas do Sagrado Coração de Jesus; nas festas de Nossa Senhora, de todos os Santos, Pontífices, Doutores, Confessores e Virgens, numa palavra, nas festas dos santos e santas que não forem mártires.

2.       O encarnado ou vermelho.

A Igreja Romana prescreve, além dos paramentos brancos, os encarnados, os verdes, os roxos, e os pretos. Entende-se aqui por paramentos a casula, a estola e o manípulo.
Os paramentos encarnados ou vermelhos são usados nas festas do Espírito Santo, da Cruz, e dos Santos Mártires.
Quão bem quadra o encarnado nestas Missas! Simboliza, em seus esplendor, o fogo, e em sua cor, o sangue: o fogo da caridade pura e santa, o fogo que teve o poder de levar os que o sentiam crepitar estuante, no peito, a dar a vida e o sangue por Deus.

3.       O verde.

Os paramentos verdes são usados nas funções religiosas das Têmporas, que significam na liturgia mística a peregrinação rumo do céu, i. é, no tempo que segue à Epifania e Pentecostes.
Em verdade, muito bem sabe a Igreja interpretar os pensamentos mais sublimes por meio dos mais simples sinais e símbolos! Manda ao sacerdote que use dos paramentos verdes nestes dias para ficar com o sentir do povo cristão, que vê no verde a cor da primavera e o símbolo da esperança, dando-lhe ocasião de suspirar pela eterna primavera como peregrinos que têm postos os olhos só na Cidade Eterna, com a firme esperança de lá chegar.

4.       O roxo.

Os paramentos roxos ou violáceos são usados durante o Advento, Septuagésima, Quaresma, Têmpora, Vigílias, Rogações e as três solenes bênçãos litúrgicas do ano, i. é, das velas, das cinzas e das palmas.
Também aqui está a cor maravilhosamente escolhida. É a cor da penitência; e os dias em que ela é usada são de penitência. É a cor, cujos reflexos ora claros, ora escuros fascinam a vista, considerada na antiguidade como a cor significativa do poder régio, da soberania, das altas dignidades, das riquezas.
A Igreja, longe de abolir este simbolismo, ampliou-o, modificando lhe o aspecto e aplicando-o à penitência, à oração em meio da aflição e da humilhação. E não é precisamente isto que nos enriquece, eleva e dignifica? Não é a penitência, a oração e a humilhação que nos tornam gratos a Deus e nos conquistam a sua graça?

5.       O preto.

O preto está em perfeito antagonismo com o branco. Se esta cor é símbolo da alegria, aquela é o símbolo da tristeza.
A cor preta recorda tristeza, designa luto, relembra a morte.
A Igreja veste luto na comemoração da morte de Jesus e de seus filhos. Chora-lhes a morte como Esposa que é de Jesus e como Mãe que é dos cristãos. Lá está ela vestida de preto no altar a interceder e a sacrificar pelos filhos bem amados.

6.       O róseo.

Os paramentos róseos foram introduzidos nas igrejas ricas e são usados só duas vezes ao ano: no terceiro domingo do Advento, chamado “Gaudete”, e no quarto domingo da Quaresma, chamado “Laetare”. A origem desta cor litúrgica vem disso: no domingo “Laetare”, o Papa benzia a rosa que enviaria, ora a um, ora a outro dos príncipes cristãos.
Só mais tarde é que esta cor ficou introduzida no domingo “Gaudete”, que apresenta algumas analogias litúrgicas como o domingo “Laetare”.
Estas são as cores dos paramentos na Igreja romana, que não reconhece nenhuma outra mais.
A Sagrada Congregação para os Ritos reprovou o uso de paramentos de diversas cores, em que já não se possa discernir a cor dominante do fundo. Proibiu outrossim a cor amarela e azul. Tolera o tecido de ouro puro, que, segundo o uso romano, pode substituir o branco, o róseo e o verde; e da mesma forma tolera o prata, que pode servir para o branco.

N.B. A uniformidade exige que todas as mais peças, com o frontal, o conopéu, etc., sejam sempre da cor da casula, excetuado o conopéu, que nunca deve ser de cor preta.


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