AS CORES DOS
PARAMENTOS.
1.
O Branco.
2.
O Encarnado.
3.
O Verde.
4.
O Roxo.
5.
O Preto.
6.
O Róseo.
1.
O Branco.
Os paramentos
que ostentam cor branca revelam dia de festa e júbilo.
É sempre o
fundo dos paramentos que diz se um paramento é branco, encarnado, verde, roxo,
preto ou róseo, e não a corda da cruz da casula, e é o fundo que se apresenta
com relevos artísticos trabalhados em ouro, pedraria e prata.
Entre as cores
é o branco a expressão da alegria da inocência, da glória angélica, do trunfo
dos Santos, da dignidade e da vitória do Salvador.
Por isso os
paramentos de cor branca são usados na Igreja romana nas festas de Nosso Senhor
Jesus Cristo: Natal, Epifania, Ascenção, Corpo de Deus, festas do Sagrado
Coração de Jesus; nas festas de Nossa Senhora, de todos os Santos, Pontífices,
Doutores, Confessores e Virgens, numa palavra, nas festas dos santos e santas
que não forem mártires.
2.
O encarnado ou vermelho.
A Igreja
Romana prescreve, além dos paramentos brancos, os encarnados, os verdes, os
roxos, e os pretos. Entende-se aqui por paramentos a casula, a estola e o
manípulo.
Os paramentos
encarnados ou vermelhos são usados nas festas do Espírito Santo, da Cruz, e dos
Santos Mártires.
Quão bem
quadra o encarnado nestas Missas! Simboliza, em seus esplendor, o fogo, e em
sua cor, o sangue: o fogo da caridade pura e santa, o fogo que teve o poder de
levar os que o sentiam crepitar estuante, no peito, a dar a vida e o sangue por
Deus.
3.
O verde.
Os paramentos
verdes são usados nas funções religiosas das Têmporas, que significam na
liturgia mística a peregrinação rumo do céu, i. é, no tempo que segue à
Epifania e Pentecostes.
Em verdade,
muito bem sabe a Igreja interpretar os pensamentos mais sublimes por meio dos
mais simples sinais e símbolos! Manda ao sacerdote que use dos paramentos
verdes nestes dias para ficar com o sentir do povo cristão, que vê no verde a
cor da primavera e o símbolo da esperança, dando-lhe ocasião de suspirar pela
eterna primavera como peregrinos que têm postos os olhos só na Cidade Eterna,
com a firme esperança de lá chegar.
4.
O roxo.
Os paramentos
roxos ou violáceos são usados durante o Advento, Septuagésima, Quaresma,
Têmpora, Vigílias, Rogações e as três solenes bênçãos litúrgicas do ano, i. é,
das velas, das cinzas e das palmas.
Também aqui
está a cor maravilhosamente escolhida. É a cor da penitência; e os dias em que
ela é usada são de penitência. É a cor, cujos reflexos ora claros, ora escuros
fascinam a vista, considerada na antiguidade como a cor significativa do poder
régio, da soberania, das altas dignidades, das riquezas.
A Igreja,
longe de abolir este simbolismo, ampliou-o, modificando lhe o aspecto e
aplicando-o à penitência, à oração em meio da aflição e da humilhação. E não é
precisamente isto que nos enriquece, eleva e dignifica? Não é a penitência, a
oração e a humilhação que nos tornam gratos a Deus e nos conquistam a sua
graça?
5.
O preto.
O preto está
em perfeito antagonismo com o branco. Se esta cor é símbolo da alegria, aquela
é o símbolo da tristeza.
A cor preta
recorda tristeza, designa luto, relembra a morte.
A Igreja veste
luto na comemoração da morte de Jesus e de seus filhos. Chora-lhes a morte como
Esposa que é de Jesus e como Mãe que é dos cristãos. Lá está ela vestida de
preto no altar a interceder e a sacrificar pelos filhos bem amados.
6.
O róseo.
Os paramentos
róseos foram introduzidos nas igrejas ricas e são usados só duas vezes ao ano:
no terceiro domingo do Advento, chamado “Gaudete”, e no quarto domingo da
Quaresma, chamado “Laetare”. A origem desta cor litúrgica vem disso: no domingo
“Laetare”, o Papa benzia a rosa que enviaria, ora a um, ora a outro dos
príncipes cristãos.
Só mais tarde
é que esta cor ficou introduzida no domingo “Gaudete”, que apresenta algumas
analogias litúrgicas como o domingo “Laetare”.
Estas são as
cores dos paramentos na Igreja romana, que não reconhece nenhuma outra mais.
A Sagrada
Congregação para os Ritos reprovou o uso de paramentos de diversas cores, em
que já não se possa discernir a cor dominante do fundo. Proibiu outrossim a cor
amarela e azul. Tolera o tecido de ouro puro, que, segundo o uso romano, pode
substituir o branco, o róseo e o verde; e da mesma forma tolera o prata, que
pode servir para o branco.
N.B. A
uniformidade exige que todas as mais peças, com o frontal, o conopéu, etc.,
sejam sempre da cor da casula, excetuado o conopéu, que nunca deve ser de cor
preta.
Publicado Anteriormente: